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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Portugal e a ditadura da maioria inconsciente


Nas sociedades ocidentais agiganta-se cada vez mais, uma franja significativa de indivíduos, que sem qualquer consciência politica e com um deficit de lucidez social , menospreza o ideal de justiça comunitária, ou então, não lhes interessa tal justiça, porque o capitalismo apela somente ao egoísmo individual desprezando qualquer tipo de solidariedade. Sendo o capitalismo forma intrínseca e bem adaptável á essência profunda e genética do ser humano , cimenta-se uma doutrina envolvente ,suficiente para embalar as massas populares , naquela que é a odisseia mais trágica da história da humanidade, o neoliberalismo.
Em Portugal, como em muitos outros países, as massas populares elegem os seus governantes políticos estimulados pela ignorância e pelos meios estratégicos subservientes às elites económico-financeiras, o Estado deixa de estar ao serviço dos cidadãos e converte-se no ganha-pão dos grupos privados que enriquecem monopolizando todas as formas de poder.
A democracia, assenta na ditadura das maiorias, é um facto, porém, é preferível que as maiorias sejam conscientes e bem informadas, independentemente dos sistemas partidários que venham a escolher.

“A liberdade de uma democracia não é segura se o povo tolera o crescimento de poder privado ao ponto de se tornar mais forte que o próprio Estado democrático. Isto, em essência, é fascismo – o domínio do governo por uma pessoa, por um grupo, ou qualquer poder privado de controlo.”   Franklin Delano Roosevelt